Triunfo em Veneza: melhor roteiro e aplausos internacionais
O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, não para de acumular feitos históricos. A produção brasileira arrebatou o prêmio de Melhor Roteiro no prestigiado Festival de Veneza 2024, superando produções globais de peso e emocionando a crítica especializada.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa narra a busca incansável de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) pelo paradeiro do marido Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. “É uma história que transcende fronteiras”, afirmou Walter Salles ao receber o troféu, sob aplausos emocionados.
Fernanda Torres faz história no Globo de Ouro
Primeira brasileira a vencer Melhor Atriz em Drama
Em janeiro de 2025, Fernanda Torres cravou seu nome na história do cinema ao se tornar a primeira atriz brasileira a vencer o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Drama. Seu discurso emocionado ressoou nas redes sociais: “Este prêmio é de todas as mulheres que lutam por justiça”.
A vitória impulsionou a bilheteria do filme em 238,6% no Brasil, arrecadando R$ 4,3 milhões em apenas quatro dias. O feito consolidou “Ainda Estou Aqui” como um fenômeno não só de crítica, mas também de público.
Bilheteria em ascensão: números impressionantes
Desde sua estreia, “Ainda Estou Aqui” acumula R$ 72,6 milhões em bilheteria, atraindo mais de 3,33 milhões de espectadores aos cinemas brasileiros. Após o Globo de Ouro, o salto no número de ingressos vendidos foi imediato: de 63,3 mil para 173,1 mil em um único fim de semana.
“O Brasil está redescobrindo sua própria história através do cinema”, analisou um crítico do jornal Estado de S. Paulo. E, pelo visto, essa redescoberta veio para ficar.
Redes sociais em festa: #FernandaTorresNoGloboDeOuro domina
Durante a cerimônia do Globo de Ouro, a hashtag #FernandaTorresNoGloboDeOuro explodiu no Twitter brasileiro. Celebridades como Wagner Moura e Taís Araújo vibraram com a conquista, destacando a importância da fala de Fernanda: “Ela não está apenas interpretando Eunice, está dando voz a milhares de famílias.”
O sucesso do filme também alimentou discussões nas redes sobre memória política, resistência e o papel do cinema na preservação da história nacional.
Oscar 2025: expectativas e caminho promissor
O Brasil de olho na estatueta
Com indicações ao Globo de Ouro em Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, “Ainda Estou Aqui” chega ao Oscar 2025 como uma das apostas mais fortes da história recente do cinema brasileiro.
Especialistas acreditam que o longa pode repetir o feito de “Central do Brasil” (1998), indicado a Melhor Filme Estrangeiro, e talvez ir ainda mais longe. “O reconhecimento internacional valida nossa capacidade de contar histórias universais”, disse Walter Salles em coletiva de imprensa.
Mais que entretenimento: um legado para gerações
“Ainda Estou Aqui” não é apenas um sucesso de bilheteria e crítica. Ele virou ferramenta de educação e conscientização. Escolas e universidades já estão incluindo o filme em debates sobre direitos humanos, e ONGs têm usado trechos da produção em campanhas que lutam pela justiça histórica.
Com sua trajetória meteórica, o filme reafirma que o cinema, quando feito com paixão e propósito, tem o poder de transformar memórias dolorosas em esperança para o futuro.
