sexta-feira, agosto 22, 2025

Fernanda Torres leva Brasil ao Oscar 2025 e faz história com ‘Ainda Estou Aqui’

Indicação histórica: Fernanda repete o feito da mãe no maior palco do cinema

O Brasil amanheceu em festa! Fernanda Torres foi indicada ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Atriz por sua atuação emocionante em “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. E não para por aí: o filme concorre também a Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, um feito inédito na história do país na Academia.

É a primeira vez desde Fernanda Montenegro, em 1999, que uma atriz brasileira disputa o prêmio de Melhor Atriz. E a coincidência vai além: assim como Montenegro foi indicada por “Central do Brasil”, o longa de Fernanda também é dirigido por Walter Salles. Coincidência? Destino? O certo é que o cinema nacional vive um dos seus momentos mais brilhantes.

De dor à resistência: Fernanda encarna Eunice Paiva com maestria

Uma história que não pode ser esquecida

Em “Ainda Estou Aqui”, Fernanda Torres dá vida a Eunice Paiva, mulher que se tornou símbolo de resistência após o assassinato do marido, Rubens Paiva, pela ditadura militar. Sua interpretação já havia conquistado o Globo de Ouro 2025 e agora brilha diante do mundo inteiro.

“Eunice é a voz de milhares que lutaram no silêncio”, declarou a atriz, emocionada, durante a coletiva pós-indicação. Sua atuação — um equilíbrio poderoso entre fragilidade e força — tem sido aplaudida internacionalmente por dar carne e alma à dor e à luta silenciosa de tantas famílias brasileiras.

Legado de família: duas gerações, o mesmo Oscar

A emoção ganhou um peso ainda maior quando Fernanda Montenegro, a mãe da indicada, se pronunciou nas redes sociais: “É emocionante ver nossa história se repetir, mas com novas lutas. O cinema é uma ponte entre gerações.”

Em 1999, Montenegro quase trouxe o primeiro Oscar de Melhor Atriz para o Brasil. Agora, 26 anos depois, a esperança renasce pelas mãos — e pela interpretação intensa — de sua filha.

O filme que une passado e presente com feridas abertas

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, “Ainda Estou Aqui” venceu o Leão de Ouro de Melhor Roteiro em Veneza e tem sido aclamado pela crítica por sua abordagem delicada e contundente da resistência civil durante o regime militar brasileiro.

O The Hollywood Reporter resumiu bem: “Fernanda Torres dá uma aula de como transformar dor em arte política.” Um reconhecimento que coloca o filme — e o Brasil — entre os grandes protagonistas do Oscar deste ano.

Comoção nas redes: memória, justiça e celebração

Logo após o anúncio, a internet entrou em combustão. Hashtags como #FernandaTorresOscar, #JustiçaParaEunice e #DitaduraNuncaMais dominaram o Twitter, em uma mistura de orgulho e reflexão.

  • Vídeos no TikTok com depoimentos de sobreviventes da ditadura alcançaram mais de 12 milhões de visualizações.
  • Celebridades como Wagner Moura e Taís Araújo não deixaram o momento passar em branco: “O Brasil está na elite do cinema graças a mulheres como Fernanda”, escreveu Wagner em seu perfil.

É um reconhecimento não só para a atriz, mas para toda uma geração que se recusou a esquecer as feridas abertas pelo autoritarismo.

Oscar 2025: concorrentes e expectativas

Uma disputa de gigantes

A cerimônia do Oscar acontece no dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação do irreverente Conan O’Brien. Fernanda Torres enfrentará nomes de peso na corrida pela estatueta:

  • Demi Moore, por “The Substance”.
  • Cynthia Erivo, por “Wicked”.
  • Karla Sofía Gascón, por “Sagrada Familia”.

A possível vitória de Fernanda seria o segundo Oscar brasileiro — 26 anos após a inesquecível indicação de Montenegro. E dessa vez, a torcida vem reforçada por uma mobilização global em torno da força política e emocional do filme.

Reflexão final: um momento para o Brasil nunca esquecer

Independentemente do resultado na cerimônia, Fernanda Torres e “Ainda Estou Aqui” já entraram para a história. Com coragem, arte e talento, eles colocaram o Brasil no centro do debate cinematográfico mundial, resgatando memórias dolorosas, mas necessárias.

Agora, resta torcer. E se emocionar. Porque, como provou Fernanda, a arte verdadeira é aquela que atravessa gerações, carrega cicatrizes e transforma histórias pessoais em patrimônio coletivo.

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