sexta-feira, agosto 22, 2025

Globo corta Marisa Orth de documentário do BBB e gera polêmica: “Apagaram a história”

A exclusão que acendeu o debate sobre memória e reconhecimento

O lançamento do documentário comemorativo dos 25 anos do Big Brother Brasil, em janeiro de 2025, trouxe à tona uma polêmica que ninguém esperava. Marisa Orth, apresentadora da primeira edição do reality ao lado de Pedro Bial, simplesmente foi apagada do material oficial da Globo. A ausência da atriz, que ajudou a construir o DNA do programa, gerou críticas intensas nas redes sociais e reacendeu a discussão sobre o apagamento de legados na televisão brasileira.

Globo se justifica: audiência acima da memória?

Fontes internas da emissora afirmam que a decisão foi estratégica: priorizar momentos de maior impacto popular. A primeira temporada, considerada ainda um “experimento” com audiência modesta, teria sido minimizada para destacar fases como a dos recordes de votação e a chegada de Marcos Mion ao comando.

A justificativa, no entanto, não convenceu parte do público. “Sem a coragem de Marisa, o BBB nem existiria”, escreveu um internauta revoltado. Para muitos, cortar Marisa Orth é desconsiderar uma etapa fundamental da história do reality.

Marisa Orth: pioneirismo que não pode ser ignorado

O estilo que ajudou a moldar o BBB

Em 2002, Marisa Orth trouxe ao BBB uma postura irônica e despojada, diferente de tudo o que a TV brasileira havia visto até então em realities. Quem não se lembra da pergunta que virou meme antes mesmo dos memes existirem: “Você é pobre?”

Apesar de ter ficado apenas na primeira temporada, sua participação foi essencial para estabelecer o tom irreverente que, anos depois, se tornaria marca do programa. A atriz, no entanto, não teve seu contrato renovado para a edição seguinte, sendo substituída por Ana Paula Padrão em 2003.

Redes sociais divididas: justiça histórica ou edição necessária?

O corte de Marisa Orth dividiu opiniões entre fãs e especialistas. De um lado, quem defende que o documentário deveria focar nas fases de maior sucesso comercial. Do outro, a maioria que vê a exclusão como uma injustiça histórica.

  • “Marisa foi essencial para quebrar tabus na TV”, escreveu um usuário no Twitter.
  • “É como fazer um documentário do futebol e cortar o Pelé”, ironizou outro comentário no Instagram.

Celebridades como Sabrina Sato e Marcos Mion evitaram se posicionar diretamente, mas ex-BBBs da primeira edição manifestaram apoio à atriz, reforçando a importância de seu papel pioneiro.

Quem tem o direito de contar a história do BBB?

Marketing versus memória

A ausência de Marisa Orth levanta uma questão delicada: quem decide o que merece ser lembrado? Especialistas em TV ponderam os dois lados:

  • Prós: Um documentário precisa ser dinâmico e manter o interesse do grande público.
  • Contras: Ignorar as raízes do programa pode distorcer a real trajetória de sucesso do BBB.

“É uma escolha entre marketing e memória”, resumiu o crítico de mídia Mauro Alencar em entrevista ao Portal TV História. E essa escolha, para muitos, acabou custando caro em credibilidade.

E agora, Globo? Reconhecimento futuro ou silêncio constrangedor?

Após a repercussão negativa, fãs pedem que a Globo reconheça publicamente a importância de Marisa Orth em futuras homenagens — como no especial de 25 anos do BBB, previsto para 2026.

Marisa, por enquanto, manteve a discrição: apenas curtiu posts de apoio nas redes sociais, sem se pronunciar diretamente sobre a polêmica. Uma postura que, para muitos, diz mais do que mil palavras.

O episódio deixou uma pergunta no ar: como celebrar uma história tão rica se, logo no começo, ela é deixada de lado?

Notícias Relacionados

Últimas Notícias