Uma lenda de volta às telinhas: a missão de Eli Ferreira
Eli Ferreira está prestes a viver um dos papéis mais simbólicos de sua carreira. Depois de brilhar como a professora Lu em “Renascer” (2024), a atriz agora dá vida a ninguém menos que Ruth de Souza em “Garota do Momento”, novela das seis que estreia no dia 30 de janeiro. Um desafio? Com certeza. Mas também uma homenagem mais do que merecida a uma das maiores referências da dramaturgia brasileira.
Na história, Ruth surge como mentora de Beatriz, personagem de Duda Santos. No Clube Gente Fina, a veterana vai ensinar teatro, ministrar aulas de expressão e preparar a jovem para um teste de câmera decisivo. “É uma honra dar vida a quem abriu portas para tantas de nós”, contou Eli nos bastidores da produção, visivelmente emocionada.
Quem foi Ruth de Souza? Uma pioneira que não será esquecida
Quando se fala em Ruth de Souza, não tem como exagerar na importância. Ela foi a primeira atriz negra a protagonizar uma novela no Brasil, “A Cabana do Pai Tomás” (1969), e ainda conquistou uma indicação histórica de Melhor Atriz no Festival de Veneza, em 1953 — feito que, até hoje, emociona quem conhece a trajetória da artista.
Mais do que prêmios, Ruth representou resistência, talento e a luta diária para ocupar um espaço que, por muito tempo, parecia inalcançável. Em “Garota do Momento”, sua versão ficcional vai ecoar exatamente esse espírito: o de quem transforma a arte em instrumento de revolução.
Na trama: professora, mentora e símbolo de transformação
Ruth na ficção e na vida real
Dentro do enredo, Ruth de Souza é muito mais do que uma professora de teatro. Ela é um ponto de virada para Beatriz, uma inspiração viva de que é possível romper barreiras. Em uma das cenas já divulgadas, Eli Ferreira incorpora frases poderosas que Ruth dizia fora dos roteiros, como: “Arte é revolução, e nós somos a voz dessa transformação”.
Essas palavras, carregadas de história e resistência, prometem emocionar o público e trazer uma camada extra de significado à novela. Porque não é só ficção: é memória viva sendo celebrada em horário nobre.
Repercussão nas redes: aplausos e emoção
O anúncio da homenagem logo movimentou as redes sociais. Fãs de todas as idades celebraram a escolha de Eli Ferreira para interpretar Ruth. Alguns comentários resumiram bem o sentimento geral:
- “Ruth merece esse tributo. Eli vai arrasar!”
- “Ver uma lenda negra interpretada por outra mulher negra é potência pura.”
Até colegas de elenco se manifestaram. Duda Santos, que contracena diretamente com Eli, disse: “Aprender com Eli está sendo uma aula de história viva”. E não é para menos — a responsabilidade e a entrega da atriz transparecem em cada detalhe.
Mais que homenagem: um resgate necessário
O poder de ver para crer
A escolha de Eli Ferreira para viver Ruth de Souza não foi mero acaso. Conhecida por levantar a bandeira da representatividade negra nas artes, Eli representa, hoje, a continuidade de um legado que Ruth começou a construir lá atrás, quando ainda era quase impossível sonhar com esses espaços.
Para a crítica de TV Marina Person, a Globo acertou em cheio: “Resgatar Ruth de Souza em um momento em que a pauta racial ganha força na teledramaturgia é mais do que justo, é fundamental”.
Vamos combinar? Ainda tem muito chão para a igualdade de verdade acontecer nas novelas e séries. Mas momentos como esse mostram que a história pode, sim, ser reescrita — com mais cor, mais vozes e muito mais verdade.
Reflexão final: a arte que inspira gerações
Eli Ferreira, com seu talento e respeito à história, nos lembra que a arte não é só entretenimento — é ferramenta de transformação. Ao dar vida a Ruth de Souza, ela não apenas homenageia uma lenda, mas também planta sementes para o futuro.
Que “Garota do Momento” seja mais do que uma novela bonita. Que seja um lembrete diário de que toda luta, toda porta aberta, todo palco conquistado importa. E muito.
