sexta-feira, agosto 22, 2025

Léo Batista morre aos 92 anos: a despedida de uma voz eterna do esporte brasileiro

Jornalista marcou gerações com sua paixão e talento na TV e no rádio

O Brasil perdeu neste domingo (19) um dos gigantes da comunicação: Léo Batista faleceu aos 92 anos, no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, vítima de um tumor no pâncreas. Um nome que atravessou décadas, Léo foi muito mais que um narrador: foi parte da alma esportiva do país.

Nascido em 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, ele iniciou sua trajetória ainda jovem, nos alto-falantes da cidade. Em 1952, migrou para o Rio e, a partir daí, escreveu uma história que se confundiria com a do jornalismo esportivo brasileiro.

Uma carreira que virou referência: dos microfones da rádio à TV Globo

Mais de sete décadas dedicadas à emoção do esporte

Léo Batista começou na Rádio Globo e rapidamente se destacou pela precisão e paixão com que contava as partidas. Sua habilidade única de unir informação e emoção logo o levou para a televisão.

Em 1970, ingressou na TV Globo e ajudou a moldar o jornalismo esportivo moderno. Comandou atrações históricas como o Globo Esporte e o Esporte Espetacular, além de imortalizar os famosos “Gols do Fantástico”, quadro que apresentou até 2007.

Ao longo da carreira, cobriu nada menos que 12 Copas do Mundo e 8 Olimpíadas. Sua trajetória inspirou profissionais como Galvão Bueno, que prestou homenagem: “Sua voz vive nas emoções que narrou.”

Tragédia pessoal: a perda da esposa em 2022

Uma parceria de vida interrompida de forma repentina

Além das conquistas profissionais, Léo Batista enfrentou um drama pessoal em janeiro de 2022. Sua esposa, Leyla Chavantes Bellinaso, com quem foi casado por décadas, faleceu aos 89 anos após sofrer um infarto na piscina de casa.

O casal era conhecido pela discrição e pela cumplicidade, mantendo-se longe dos holofotes fora do trabalho. A perda abalou profundamente Léo, que sempre se referiu à esposa como seu porto seguro.

Homenagens e comoção nas redes sociais

Fãs e colegas celebram o legado de Léo Batista

Assim que a notícia da morte foi confirmada, uma onda de tributos tomou conta das redes sociais. A hashtag #LéoBatistaEterno logo figurou entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter).

  • O jornalista Milton Neves escreveu: “Léo foi um mestre que atravessou gerações.”
  • Beto Albuquerque lembrou: “Sua voz embalou as emoções de tantas Copas e Olimpíadas.”

Fãs também resgataram momentos marcantes, como sua cobertura da Copa de 1994, e celebraram seus bordões, incluindo o icônico: “Golaaaaaço dos caraaaaai!”

O legado de um gigante: Léo Batista imortalizou o esporte na narrativa brasileira

Compromisso com a emoção e com a verdade

Com mais de 70 anos de carreira, Léo Batista deixa um legado inestimável. Sua voz grave, seu humor irônico e sua habilidade de contar histórias esportivas transformaram a maneira como o brasileiro consome futebol e outras modalidades.

Para o narrador Cleber Machado, a definição é certeira: “Léo não só contou o esporte, ele o viveu. É imortal.”

Se o futebol é paixão nacional, Léo Batista foi um dos principais responsáveis por dar voz a essa paixão. E essa voz, que ecoou por estádios, rádios e TVs, agora ecoa eternamente na memória afetiva de milhões de brasileiros.

Conclusão: a eternidade de uma voz que emocionou gerações

Léo Batista não era apenas um narrador. Era a trilha sonora de finais emocionantes, de gols históricos, de tardes e noites que ficaram gravadas na memória popular. Sua partida deixa um vazio enorme, mas também uma certeza: sua contribuição ao jornalismo esportivo será lembrada para sempre.

Hoje, o esporte brasileiro se despede de um gigante — e a emoção que ele tanto narrou, desta vez, é toda nossa.

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