Um adeus cheio de brilho, afeto e muita história para contar
Depois de sete anos de reinado absoluto à frente da bateria “Invocada”, Paolla Oliveira viveu uma despedida inesquecível na madrugada desta quarta-feira (5) na Marquês de Sapucaí. A atriz, que marcou época na Grande Rio, encerrou seu ciclo de maneira emocionante, misturando carisma, representatividade e uma verdadeira ode à força feminina e às raízes culturais do Pará.
O público, claro, não ficou indiferente. A cada passo da musa na avenida, a emoção transbordava — tanto dela quanto dos fãs que lotaram as arquibancadas para prestar uma homenagem espontânea à sua trajetória no Carnaval carioca.
Fantasia de “Lua Encantada” iluminou a noite
Brilho, misticismo e conexão com a Amazônia
Para o grande momento, Paolla escolheu um figurino que parecia ter saído de um sonho: vestida de Lua Encantada, a atriz desfilou com uma fantasia cravejada de LEDs em tons de azul, irradiando um brilho quase hipnotizante. Era como se a própria noite da Sapucaí tivesse se rendido ao seu encanto.
O look dialogava diretamente com o enredo da Grande Rio, que exaltava a cultura paraense e a ancestralidade afro-brasileira. Mais que beleza, Paolla trouxe simbologia: a mulher como fonte de força, mistério e resistência.
Antes do desfile: coração na boca e lágrimas contidas
O peso da despedida já era sentido nos bastidores
Horas antes de pisar na avenida, Paolla já demonstrava que seria uma noite especial. Em entrevista rápida nos bastidores, confessou: “Meu coração está na boca”. A emoção era evidente, e não apenas nela — bastava olhar para o entorno e ver os fãs exibindo cartazes pedindo para que ela ficasse.
Mesmo tentando manter o sorriso no rosto, a atriz não escondia o quanto aquele momento mexia com ela. Não era só um desfile; era o fim de um ciclo que tinha sido vivido intensamente.
Sete anos de amor e comprometimento com a Grande Rio
Mais do que uma rainha, uma integrante da família
Desde que assumiu o posto em 2017, Paolla sempre foi além do papel tradicional de rainha de bateria. Participou dos ensaios, se aproximou da comunidade, mergulhou de cabeça na rotina da escola.
Essa entrega fez dela algo raro no Carnaval: uma rainha que era, de fato, parte da alma da agremiação. Não à toa, diretores e ritmistas se emocionaram ao falar dela. “A Paolla é Grande Rio. Sempre será”, disse um dos integrantes da escola, ainda com lágrimas nos olhos.
O adeus na Sapucaí: choro, gratidão e promessas
“O Carnaval mora em mim”, declarou Paolla
Ao final do desfile, ainda coberta de brilho e emoção, Paolla não segurou as lágrimas. Em entrevista ao Fantástico, falou com o coração aberto: “Eu me despeço do posto, mas nunca do Carnaval. Nunca da Grande Rio. O Carnaval mora em mim.”
Ela explicou que a decisão de deixar a função foi difícil, mas necessária para abrir espaço para novas experiências. “O importante é viver o Carnaval de outras formas. Estou mudando de lugar, não de paixão”, afirmou.
Quem será a próxima rainha da Grande Rio?
Substituir Paolla não será tarefa fácil
Por enquanto, a Grande Rio ainda não anunciou oficialmente quem vai assumir a coroa. Mas uma coisa é certa: quem vier terá a missão de honrar um legado de respeito, carinho e dedicação à escola.
Paolla, generosa como sempre, deixou um recado para a futura sucessora: “Que viva a escola, que respeite a comunidade e que entenda que ser rainha é muito mais do que brilhar. É suar, ensaiar, se envolver de verdade.”
Paolla e o Carnaval: uma história que continua
Saída da função, mas não da festa
Embora esteja deixando o cargo de rainha de bateria, Paolla já deixou claro: ela não vai se afastar do Carnaval. Pretende continuar prestigiando a Grande Rio e respirando essa cultura tão vibrante e essencial para o Brasil.
“Carnaval não é só desfile. É identidade, é resistência, é emoção. E isso eu vou carregar comigo para sempre”, disse sorrindo, ainda sob o impacto da noite mágica que viveu na Sapucaí.
Conclusão: um reinado que entrou para a história
Paolla Oliveira encerrou seu ciclo como rainha de bateria da Grande Rio deixando muito mais do que memórias de desfiles impecáveis. Ela deixou um exemplo de envolvimento genuíno, de respeito à comunidade e de amor pela cultura popular.
Que venham novos reinados, novas histórias e novos brilhos. Mas a essência do que Paolla construiu na Sapucaí — essa mistura linda de arte, emoção e humanidade — ficará ecoando a cada batida da “Invocada” por muito, muito tempo.